Procuro minha voz procuro / eco / é tudo que encontro
desfeito no caos
vindo de dentro das cavernas de mim.
Reverberados medos / cadeias de montanhas
tempo floresta / intransponível
[ alguns pássaros
vitórias régias rios rastros de bichos barro [ berros
que tudo grita porque tudo vive e dói
essa aventura rouca
de viver  em busca do verbo grafado
na pedra da garganta.
[ a ponte movediça sobre o pântano negro
onde toda palavra se debate e naufraga 
olhos de crocodilos / invertidos espelhos
confusão dos sentidos
mil sons / então: submerge o poema [ silenciosamente.